sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Poemas escolhidos I

Olá, pessoas...pra variar, estive um bom tempinho sem postar nada de últil aqui (hum..alguma vez rolou algo útil??rsrs), então fiz mais uma vez a promessa a mim mesma que vou tentar manter o blog minimamente atualizado. Como o objetivo dele sempre foi dividir com as pessoas coisas que eu escrevia espontaneamente,achei interessante fazer este post. Recentemente achei uma dessas "relíquias" de adolescência, que nesse caso, foram alguns textos e poemas que eu escrevia no colégio. Me lembro que fazia muito isso, mas achei que tivesse perdido esses registros, quando de repente encontrei alguns disquetes velhos (redundância) e um foi chamado na época por Poemas Escolhidos. Vou postar alguns, e começo por um soneto (eu adorava literatura).



Noite (sonhos roubados)


Noite que cai,
mística e bela
suavemente revela
desejos meus a pairar


Noite, perdura
controlas meus sonhos
pensamentos medonhos
de alma impura

Noite, não se vá!
traga-me a esperança
q’esta utópica bonança
se realize, quiçá!

Esta noite roubaste meus sonhos
Mísero gatuno!
Sonho em mais uma noite bela,
te encontrar.




16-04-2000


Resumindo...eu tinha sonhado com alguém naquela noite. uhauhauaha, hj definitivamente eu sou muito mais prática! hehehe, bjs a todos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Paranóia?!

Depois de um post completamente depressivo, que quase poderia ter sido complementado por “maníaco-” (ah, é de se compreender...escrevi no auge do meu inferno astral, vai...), decidi falar sobre algumas discussões que se travam no meu ambiente de trabalho. Afinal, em uma sala com 5 mulheres e 0,75 homem (Ronaldo Esper mode ON), fica difícil a gente não falar muito de roupas, maquiagem, sapatos e é claro, relacionamentos. Pra melhorar a minha situação, eu fui transferida de um plantão onde 4 eram solteiras e uma casada, pra outro onde todas são casadas. É dose aguentar tantos casos de sucesso de uma vez só...rsrs...Sem mencionar que passo parte do dia com elas e a outra parte na companhia de pelo menos uns 8 homens, falando quase livremente sobre seus assuntos. É dose. Difícil mesmo é conseguir achar um meio-termo entre tudo o que ouço, mas ok...
Isso significa que saí de um meio onde todo mundo vivia na mesma merda que eu, ou seja, todas se entendiam e se davam as mãos, pra viver num meio onde sou chamada de paranóica. Vou exemplificar contando uma história, resumidamente, e dizer qual a opinião de cada grupo sobre ela.

Contexto: “A menina” sai com um cara, aproximadamente a 3 semanas. Locais: barzinhos, cinema, etc. Histórico: longo, desfavorável. Um “vai-vém” de muito tempo. Pra arrematar, por 2 vezes, um dos dois resolve dar uma sumida e aparecer namorando, e fim de papo. Ou seja, em suma, sempre reinou uma paz em relação à casualidade da pseudo-relação cheia de não-conformidades, mas a otária resolveu achar que pra tudo tem um jeito, resolveu cismar e achar que ele poderia sim ter o mesmo objetivo que ela. E toma-lhe capim pra cultivar tanta burrice.

Grupo 1: “Querida...decida-se. Daí não sai nada, só diversão. Se você conseguir pegar sem se apegar, ok, se não, saia fora. Como você já tá vendo que essa já não é mais a sua praia faz tempo, não sei por que cargas d’água insiste nisso. Ele pode ser o máximo, mas não vai mudar nada em relação à você. Aliás, também acho que aquele torpedinho dizendo ‘Sumida, saudade!’ não teve destinatário certo, seus 2 números devem estar numa lista de nome !’lanchinhos’ no telefone dele. Ah, e é por não ser a matriz que você também não ganha o sábado” Taí, concordam comigo.

Grupo 2: “É por isso que você está sozinha. (finalmente alguém descobriu). E vai morrer sozinha se continuar paranóica desse jeito (se alguém soubesse de alguma frase mais adequada para o momento, perderia pra essa, super ideal). O cara não é obrigado a adivinhar o que se passa na sua cabeça!! (existe outra explicação pro meu olhar de panaca??) Você tem que ser sincera com ele...(isso...tipo ele certamente é comigo...)e não começar já achando que vai dar errado (alguém dá um livro de estatística pra esse pessoal)...Na verdade você tem que dar uma esnobada também! Isso, pra ele sentir que não te tem tanto nas mãos (claro que não, minha filha...mas com uma dizendo “não” e mais umas 15 dizendo “sim”, só pegando senha pra voltar). E pare de achar que aquela mensagem de saudade foi pra um monte de mulher...se ele mandou pros seus 2 celulares é por que realmente quer garantir que você vai receber! (vale pular essa?). Vai sair com ele domingo de tarde logo e deixa de ser cismada (isso aí, fazer uma boa ação em não deixar o mocinho em casa vendo Faustão). Por que quando EU comecei a namorar o Fulano, eu estava chapada, numa choppada, e com meu namorado, e ele ficou comigo assim mesmo ( você tem CERTEZA de que não queria acabar com meu dia???)” Surreal...hehe...É fácil dizer essas coisas quando se vive a exceção, não a regra...né?

Exemplos e comentários maldosos à parte, a intenção das coleguinhas é boa. De todas, inclusive a minha. Foi aí que eu decidi que ia parar pra pensar só e parar de ouvir os outros. Decidi mesmo dizer, do meu jeito (hum..pseudo, rs), o que tava acontecendo. Sempre vale a pena esclarecer, mesmo que seja chato, deixar tudo resolvido garante um bem estar pro depois que nada paga. Claro, 12h depois bateu arrependimento, mas vale a pena manter a coerência (bobinha... fingindo que prefere ser coerente e sozinha do que estar muito bem acompanhada e ligando o f***-se...hahaha). E viva o bonde! :P

domingo, 30 de agosto de 2009

Vastas emoções e pensamentos imperfeitos

“Onde que começa isso tudo?”, eu me pergunto, a cada vez que minha cabeça começa a formar raciocínios que podem compor um bom texto. Não estou procurando um texto. Às vezes me parece que eles me procuram, mas não consigo mais colocá-los para fora, fazer-me entender, nem para mim mesma. Andei viciando-me em livros, de todos os tipos. Pela lógica das coisas, se entram muitas palavras, devem sair tantas quanto, mas não acontece. Decidi escrever ao acaso para ver no que dá.
Me olho no espelho, mas não me encaro. Eu sei que tô ficando velha, mas não é o medo de encontrar rugas que me impede de me olhar nos olhos. É que toda vez que faço isso vejo a mesma coisa, algo que estacionou lá em algum lugar dos anos 90, talvez nas Sendas comendo um pacote de Skinny natural. Então eu olho pra tudo no meu rosto, menos os meus olhos, mas ainda sei responder com muita convicção (e segundo um coleguinha, dar “esporro” em quem afirma o contrário), que eles são verdes, e não azuis. Em pleno inferno astral me peguei tentando olhar cada detalhe do meu rosto, talvez eu tenha tomado consciêcia de uma frase que eu mesma coloquei , “estou mais próxima dos 30 que dos 20 agora”, e decidi prestar atenção em tudo pra não perder nenhum detalhe. Afinal, há a nítida sensação de que a vida passa e eu continuo preferindo viver de sonhos, idéias, ao invés de fazê-la se mover.
Olhei, enfim. Na minha cabeça só veio um “hã?”, e nada mais. Incrível, como olho pras pessoas e consigo captar o que há de mais inimaginável, mas de mim só arranco um WTF disfarçado.
Saio da frente do espelho, volto a ler. Ao mesmo tempo, olho pro meu violão, sinto falta ele mas lembro que está sem a corda Mi. Me pergunto por que eu ainda não repus a corda, e me lembro de vários dias dominados pela inércia, a falta de iniciativa, ou pelo excesso de sonhos sem prática. “meu Deus, que pessoa pessimista”, devem pensar os mais desavisados. Nada disso. Concluo isso a cada vez que percebo que falta algo na minha vida, e me recolho num momento de hibernação para traçar a nova estratégia. É como se me dissesse “tá, já consegui algumas metas anteriores, já me livrei de antigos problemas...o que vai mover a vida agora?”. Rá! viu como no fundo é mais otimismo que raiva de uma vida sem emoções? (hum...convenci?)
Escrevo metas. Um Plano de Metas, plagiando algum capítulo da nossa história, mas que logicamente não vai resultar na construção de nenhuma Brasília (até por que eu gosto de esquinas, jamais idealizaria algo daquele tipo), mas poderia objetivar crescer 5 anos em 5 meses, por exemplo. Penso em coisas que gostaria de fazer, outras que necessariamente tenho que fazer. Rabisco aquisições (sim,sapatos, por que não?), atividades que desejo retomar, e marco consultas, uns 5 médicos em uma semana . Esbarro em questões que independem de mim, mas vejo que não é sempre que eu não posso mudar nada.
E daí?

Sonho mais acordada que dormindo (blé! a máxima da minha pieguice). Na verdade descobri que não durmo, parece que minha atividade cerebral não diminui durante a noite. Beleza, descobri mais um médico que preciso visitar. Começo a tomar calmantes pra dormir, ciente de que estou apenas mascarando a situação, mas não posso ficar sem dormir, tenho que trabalhar (o trabalho é o foco do momento, caso não tenha ficado muito claro). A idéia de que preciso de algo que canalize minhas energias durante o dia se reforça, mas caio doente e não consigo correr atrás disso, mais uma vez. Quando estou quase recuperada, é véspera do meu aniversário, e eu não estou nem um pouco animada pra isso. Não consegui marcar nenhuma comemoração, e me vêm à cabeça perguntas “será que as pessoas vão se lembrar? Será que vão se importar em telefonar? Se eu marcar uma festa, vou fracassar, ninguém vai vir”...Volto pra cozinha. Pensar assim demanda energia. Lembro-me que muitas pessoas nem têm o meu último número de telefone, já que eu não me preocupei em guardar o delas e nem de avisar que mudei, já que eu não liguei pra ninguém nos seus aniversários e nem pra saber como estavam. Ninguém deve ligar mesmo então, estarão retornando a mesma atenção que eu dei. Lembro que no meu último plano de metas revi a forma como tratava as pessoas, pois poderia não estar sendo quem sou. Não sei, francamente, se teve efeito. Nunca vão parar de me rotular como mau-humorada e impaciente, mas desejo que as pessoas recém-chegadas na minha vida tenham uma visão mais leve. Ouvir “de personalidade forte” é kitsch, mas preferível face ao famoso “tolerância zero”. Começo a entender o por que de tanta impaciência com este dia, o por que do ar despretensioso com qual comentava uma possível celebração de aniversário com as pessoas. Medo.

Volto a ler, e consequentemente, a sonhar. Fazendo uma breve retrospectiva: quando criança, sonhava ser uma paquita, Xuxa, Barbie, Changerman, Alex Kid...atriz. Daqui a pouco estava eu sonhando ser uma Spice Girl ou um X-men. Melhor parar antes que vire patológico.
Hoje eu sonho com coisas paupáveis (embora ainda ache a idéia do X-men super atrativa), reviravolta de situações reais, eu dizendo umas verdades na cara de alguém (teria uma lista imensa pra isso), tendo a chance de me redimir de algo ou ainda realizando algo super importante (humm..teletransporte...)
Paro de sonhar para resolver uma pendência da semana anterior: as pessoas me perguntam o que vou fazer para comemorar meu aniversário. Não consigo pensar em nada. Será que é por que eu não vejo nada pra comemorar? Não posso me dar ao direito de responder isso, até por que se fosse o caso, as pessoas odeiam franqueza, pessimismos, então apenas digo que estou sem idéias. O que é verdade, só ausência de idéias, talvez também de tempo (óbvio). Melhor parar e ir dormir, quem sabe com o fim do inferno astral eu melhore a visão sobre essas coisas. Acho que preferia pensar que meu aniversário seria mais um dia comum, eu com pantufas e um roupão felpudo, uma caneca de chocolate e uma revista de palavras-cruzadas. Paz.

Isso não vai ser possível. Então penso na maquiagem de humor que eu vou usar quando as pessoas começarem a aparecer por aqui, exigindo uma celebração maior. Espero com certa veemência que algum corretivo disfarce a vontade de dizer “então organize você, que eu não tô afim de fracassar”, pois possivelmente isso levaria as pessoas a me indicarem um psiquiatra. Tolices.

Sinto vontade de deitar e dormir, mas temo que a minha insônia só piore o desfecho do dia. Não sei como consigo oscilar entre tantos altos e baixos, de tantas naturezas diferentes. Me vejo um soldado do front que de repente se pega combalido por uma granada, no meu caso, imensa onda depressora, muito mais mutilante que a granada. No fundo é uma guerra pessoal, fria, no sentido literal e histórico, em que mesmo que eu pudesse recrutar soldados pra lutar seria inútil, um paliativo. Como a maracujina e a contagem inversa. Santos soldados.
Preciso estudar. Desejo informações, saber, conhecer, coisas, fatos e pessoas, a mim mesma. Este último não vou encontrar em nenhuma enciclopédia (espero mesmo que não, vai que a explicação está em algum livro de psicanálise? Tô fora. Assim como o Google um dia mata quem procura sobre doenças, a psicanálise faz um gráfico de pizza definindo a sociedade como dividida entre depressivos, psicopatas, e é claro, bipolares). Vou em frente e faço acontecer, ponto pra mim!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Por que não simplificar?

Estou cada vez mais convencida de que as pessoas são muito mais complicadas do que são capazes de entender e/ou aceitar. Não estou me excluindo dessa condição, pelo contrario. Começo a entender que essa é a condição sinequanon de todas as pessoas. Complicar coisas que são muito simples, para torná-las mais interessantes e se propor desafios...e ao mesmo tempo banalizar as que são delicadas para não se permitir sair da zona de conforto. Agora esquecendo o meu momento Freud, vamos falar de pessoas, mas sob a ótica da pessoa comum (tipo eu, rsrs).

Existem coisas que são difíceis de entender...outras são difíceis de prever (o que não é de todo ruim) , e as que mais me incomodam, as defíceis de aceitar. Percebo um ponto comum entre elas, que é a vontade que algumas pessoas têm de complicar o que já está muito claro. Seja por medo, orgulho, complexos, ou por canalhice mesmo (rá! achou mesmo que eu ia falar de “pessoas” com um foco diferente? tsc, tsc...rsrs).

Difícil entender coisas desse tipo:

Uma amiga me liga chorando de raiva, por que um babaca (uma pessoa que se comporta assim só pode receber esse tipo de alcunha carinhosa) que ela conheceu se mostrava todo interessado, e ela, “cagava na cabeça” dele. Ela sempre dizia que o cara era gente boa, companhia agradável, mas que não tinha rolado “aquela” química, ou seja, não deu pra construir castelos. Quando ela finalmente consegue abrir o coração (e sempre sendo muito sincera com ele) e tentar dar uma chance de verdade a ele, o que acontece? Ele esboça uma reação de extrema satisfação com aquilo tudo, que sempre sonhou em ouvir isso, etc,etc (pra não dizer blá blá blá, mais um mol de mentiras), planeja um encontro e pleno sábado de carnaval. Estranho, era segunda-feira, por que esperar tanto? Ok, começamos a pensar nas possibilidades (quase um mapa astral do cara), e a primeira que veio foi: ele não vai ligar. Taí...não precisa ser a mãe Dináh (?). Adivinhamos. Só não adivinhamos que o moço ia aparecer namorando, apaixonadérrimo, 2 dias depois. Meu...patético. Pra que tudo aquilo então? Se for pelo mais óbvio, é muita incompetência, ninguém consegue isso de uma mulher inteligente dessa forma. Enfim, na busca por entender mais um episódio desses que aumentam as estatísticas a cada dia, temos mais alguns momentos de indignação com a canalhice alheia.

Citei esse exemplo só por que foi o que ultimamente mais me despertou a pergunta “Cara...pra quê???” na cabeça. Mas existem muitos outros, como o difícil diálogo em família...em que um fala X e outro fala Y ou x²³ pra deixar a coisa mais dramática,que aí fica mais interessante,se consegue a atenção desejada, enfim, vai saber...ou por que aquele cara que beira os 30 anos, relativamente bem sucedido profissionalmente, bem resolvido, etc, prefere respeitar uma bruaca, ciumenta, neurótica, barraqueira, que não respeita a privacidade dele e enche o saco, a quem ele chama de namorada...do que partir pra uma pessoa legal, que vá somar de verdade e ser boa companheira, e não uma traça. Sabe aquele cara que vive traindo a namorada ciumenta? Então...ele faz isso por que precisa sustentar a “quedas” dele com algum argumento...a mulher que inferniza ele com crises de ciúmes e insegurança, consequentemente o relacionamento não é bom, então ele trai, busca suprir as deficiências fora. E ele prefere mesmo seguir reclamando e sendo “vítima” de escândalos do que tentar uma relação saudável. Vai entender...Ou aquele cara que está à procura (ou simplesmente à espera) de alguém legal para namorar. Ele conhece uma pessoa legal, diz que acha pra lá de interessante, mas o que ele faz? Trata como se fosse mais uma. Mais uma daquelas que precisam ouvir historinha pra liberar a única coisa que realmente interessa pra ele. Tudo bem se você não for a pessoa que ele procura, mas tecnicamente uma pessoa que busca algo sério deve assumir uma postura de respeitar as pessoas, ou seja, ser sincero. É, essa é difícil de entender e de aceitar.

Mas nunca é bom generalizar. De vez em quando me pego com dúvidas sobre o que pensar de algumas situações. Aí, eu penso:” putz...mas as estatísticas...”. Malditas estatísticas. Elas também me impedem de simplifcar coisas, pois sempre me induzem à formar uma opinião que nem sempre está certa (hã? Qual parte dos 99% ainda não foi compreendida?). E aí eu assumo o típico comportamento-tatu, intocada, até a necessidade de sanar a dúvida passar. E assim ganho mais um Cold Case pra coleção (que fatalmente será reaberto, algum dia, esperando ser resolvido de forma racional).


Alguém encontrou o meu 1% perdido por aí???

segunda-feira, 2 de março de 2009

Como transformar um homem em dez dias

Não, eu não vou escrever sobre como transformar aquele sapo no seu príncipe. Na verdade eu vou falar sobre o inverso, em como aquele sonho vira o seu pior pesadelo.
Sabe aquele cara sensacional que parece aqueles dos filmes de ficção cientifica (tipo Tristão e Isolda, O amor não tira férias, por que isso SIM é ficção...científica não sei, mas parece, é uma fórmula tão perfeita...rsrs), ou até mesmo as novelas, tipo o Diogo ontem voltando pros braços da Luciana em Mulheres Apaixonadas (não bastasse o fato de ele ser o Rodrigo Santoro, ele ainda faz loucuras por ela. Só Alien X Predador ganha no quesito absurdos da ficção).

Então...ele pode ser transformado no maior babaca, aquele da imbecildiade homérica (e espontânea), comparável a um Jack Ass da vida. Basta você abrir os olhos e enxergar o que ele realmente tem a te oferecer.
O primeiro passo é retirar a venda e parar de catar desculpas pra algumas atitudes negativas dele. Deixar de lado coisas como “ah, ele disse que ia me ligar, mas ele trabalha tanto...não deve ter tido tempo”, que é até normal, quando acontece com pouca ou nenhuma frequencia. Mas dessa pra outras piores como “ah, ele não é desagradável...é só excêntriico...”, é um pulo. E por aí vai.

Vamos imaginar como seria um cronograma, algo bem hipotético (que fique claro e como sempre, que conste nos autos!)

- Dia 01: Uma chuva que dói. Nenhum plano pra noite. Suas amigas estão ou viajando, ou acompanhadas. Uma delas está de “companhia” nova, e quando você já tinha desistido de fazer a célebre pergunta “Esse seu príncipe não tem um amigo da mesma corte não?”, ela surge com a idéia de um programinha a quatro. É patético, mas situações desesperadas pedem medidas desesperadas, e você vai. Programinha intimista, barzinho, chopp, maneirando na batata com cheddar pra ele achar que você come com moderação, essas coisas. O cara é divertido, educado, inteligente, bom de papo, profissionalmente realizado, independente, e simpático (homem muito bonito dá muito trabalho, você já trabalhou isso na sua mente), enfim, um perfil quase inacreditável (o tal da síndrome do bom partido). As coisas fluem muito bem, troca de telefones e MSN (por que telefone tá meio demodé). No final de tudo, uma mensagem no celular super educada e fofinha, dizendo que adorou a noite. Legal, você vai dormir bem, se achando a maior sortuda do mundo por ter passado por isso numa noite completamente hopeless.

- Dia 02: Você desperta (por que acordar você não vai mesmo, por enquanto) de muito bom humor. Seus pais notam e insinuam que querem saber quem é o responsável por tamanha docilidade. Claro que rola um pseudo-castelo, por que sua mente (que trabalha pro mal) calcula que isso é obra do destino, os pais sentem o que faz bem à sua filha. Você não vê a hora de conectar, pra ver se ele vai te adicionar no MSN. Sem querer parecer ansiosa, só conecta na hora do Fantástico, pra parecer que é o seu único momento desocupado do seu domingo. Ele te adicionou mas não ficou online muito tempo, muito responsável, foi dormir cedo. Vocês se falaram o suficiente pra ele reiterar a mensagem que gostou muito de ter te conhecido.

- Dia 03: Você vai trabalhar mais alegre. Finge pra si mesma que acredita não estar se precipitando em relação à ele, mas obviamente já está construindo um castelo maior ainda. As mulheres no banheiro do trabalho notam que você parece mais bonita, mas confiante, e você não segura maldita língua, acaba comentando com algumas mais “chegadas” uma parte o ocorrido. E nesse momento você pode acreditar: se 04 ouviam, 03 estão felizes por você de verdade, e uma te invejou com força. Lembre-se que 01 mulher invejosa te fornece 02 olhos bem gordos em cima do teu investimento. Mas tudo bem. Essa maldita hora de ir pra casa que não chega, e você inquieta pra entrar na internet. Aí hoje sim...altas conversas, ele fala de experiências, viagens, gosto musical, faz piadas legais, enquanto isso você responde à altura e suspira. Vai dormir às 2h30 pra acordar às 6h feliz e contente.

- Dia 04: Cansada, com sono, mas mais segura de si (primeiro sinal de perigo, explico o porquê posteriormente), você vai trabalhar. Já retoma a realidade e se deixa acometer por uns surtos de irritação, tristeza, enfim, emoções humanas que 3 dias antes você nem percebia. Liga pra sua amiga às dez da amanhã pra pedir que ela vá sondar informações com o príncipe dela sobre o seu candidato. Ela propõe uma conversa numa janela compartilhada (e dá-lhe MSN, santo casamenteiro) e é nítido que o quarteto fantástico se entrosa muito bem. Enfim, pra que desconfiar que isso não vai dar certo?

- Dia 05: Você já aterrizou. É quinta feira, vai tomar um chopp com o povo do trabalho. E bem no meio dessa você é surpreendida com uma mensagem super fofa no celular. Agora danou-se. Você já tem certeza mais que absoluta de que manda na situação. Ele lembra de você e admite isso, sem problemas. Um brinde à isso. Mais uns 8 chopps, língua mais solta, e provavelmente mais uns 02 pares de olhos gordos. Na réplica ele propõe que vocês se vejam na sexta feira, e aí é o delírio por que seria tecnicamente um dia pra farra dele. Você é realmente importante. Então você se dá conta de tuuudo o que envolve um encontro a dois (roupa, sapatos, depilação, unhas, cabelos...céus!), e vai pra casa , por que te dá vontade de pedir folga pra conseguir cumprir toda a agenda pré-encontro.

- Dia 06: Dia D. Sua vontade é desistir (acontece sempre antes dos encontros mais esperados), ou de preferência, que ocorra um imprevisto pra vocês terem que remarcar. Quando você se vê linda no espelho, essa vontade passa. Aí vocês se encontram, e... ele fica girando com o carro até você escolher um lugar pra irem. Você pateticamente pergunta “pra onde está me levando?” e ele não menos pateticamente responde “não sei, estou esperando você decidir”. Aí dependendo do tipo de mulher que você é, ou você dita logo pra onde vão, ou você vence ele pelo cansaço, e força ele a escolher. Ambas as possibilidades têm prós e contras, mas o importante é o ponto comum: ele não entende que você não tá afim de decidir nada agora, pois se o relacionamento for pra frente, provavelmente você vai fazer isso o resto dos seus dias juntos. Além do mais queremos caras com atitude. Ok, menos 5 pontos pro mancebo. Apesar disso a noite até que flui bem, até que na hora de ir embora, química é grande, e rolam altos amassos no carro. Aí é o divisor de águas: o cara tem que ser coerente, não importa o que ele proponha. O mais lógico é ele tentar ir além, já disse isso várias vezes aqui, mas o cara que é mais safo já está ciente de que não vai além, por isso tenta amenizar o clima. Masss....o moçoilo cai numa de tentar aquele papo de “eu sei que esse momento é complicado...” (aí você já faz uma cara de quem teme pelo pior) e continua “...mas é que tá f***, ou a gente para aqui ou continua...”. Pelamordedeus. Tá querendo dar uma de consciente da posição complicada da mulher nesse momento? Não é a nossa posição que é complicada, meu querido...é a sua mentalidade que limita as coisas. A sua e a de todo mundo, mas pra dizer a verdade a que importava mesmo nesse momento era a sua, e principalmente, a nossa consicência. Já era, menos 10 pontos.

- Dia 07: Completamente consicente. Lógico, o cara tem defeitos, deu alguns vacilos e pasteladas que possivelmente na opinião dele você também deu. Normal. Não fosse o fato dele não te ligar, ter surtos de ausência no MSN e te deixar falando sozinha, ter sempre um compromisso...enfim, coisas que na mente dele você pode achar normal, mas você sabe eu no fundo é o início do afastamento. Aí você pensa (não sei por que cargas d’água, sempre pensa):”melhor eu fazer um contatozinho, não pode ficar tudo por conta dele”. Manda um torpedo. Ele responde com tom bem básico. Aí você responde com scrap. Ele apaga, mas não te responde. Aí você ignora, mas se for uma das mais inquietas, tenta outra vez o torpedo, e ele não se dá ao trabalho de responder. Ou seja, é hora daquele lugar-comum, que a gente nunca entende: por que raios ele demonstrou um interesse daqueles pra na hora que a gente abre a guarda eles desaparecem? Idiotice, não? Opa! Começou o processo de transformação...

- Dia 08: Maquinar coisas pra ter contato com o cara já não faz parte da sua rotina. Você se convence de que deve ignorar e deixar rolar, sendo que ele deixa de ser prioridade na sua lista de desejos. Não liga pra indiferença dele.
Caô! A raiva te corrói, por que raios essa criatura faz isso? Mais fácil ter sido coerente desde o início! Pra me-lho-rar...Uma fuçadinha de leve no orkut (o primeiro sinal da insegurança), e o que você vê? Um scrap de uma “bonita” com um perfil duvidoso, pra quem ele dá toda atenção (tipo assim, aquela com fotos exibicionistas? eca!). Comentários dúbios nas fotos dele, de diferentes pessoas, mulheres se estapiando pra ter espaço na página de recados. E pra isso sim ele dá atenção. Só pode ser um ET.

- Dia 09: Ah, não precisa de mais nada. Você só precisa fuçar o orkut dele mais uma 567 vezes pra se convencer de que realmente ele gosta de mulheres com perfil diferente do seu. E pra ver se ele não mudou de status entre as 2h da manhã de sábado pras 11h de Domingo, por que ainda pode dar nisso...o cara que se mostrava ultra-mega interessado a 2 dias, aparece namorando, apaixonadérrimo. E aí vem aquela explicação do início do post. Por que estar (ou ser) segura de si representa um “perigo”? Por que a grande maioria dos caras não lida bem com isso. Você se pergunta por que aquele cara sensacional continua um namoro de 5 anos, com aquela garota sem sal que já ameaçou se matar e/ou matar alguma mulher do circulo de amizades deles umas 2 vezes, que fuça telefones, roupas, etc. Por que ela demonstra total vulnerabilidade, insegurança, e muitas vezes, dependência. Ele não assume isso com facilidade, mas é disso que ele gosta. Na verdade, isso o mantém na sua zona de conforto. Depois de concluir isso em muitas conversas movidas à indignação com as amigas que partilham dessa opinião, você decide tentar um diálogo final pra deixar a situação bem resolvida na sua cabeça. É incrível, mas parece que ele pressente que você está armando isso. Foge de qualquer diálogo que possa terminar nesse papo. Agora chega, vamos ao....

- ... Dia 10: Acabou o encanto, né? Só é uma pena quando não se consegue deixar tudo bem resolvido (o que eles sempre vão confundir com DR), o que consiste simplesemente em entender de forma sutil o que o cara pensa sobre a situação de vocês. Mas quer saber? É duro de aceitar, mas ele não pensa é nada! E a partir desse momento nem você! Declarado oficialmente que ele faz parte da lista dos inúteis que fizeram você perder seu precioso tempo.


Depois da última temporada de “10” dias, resolvi abrir também a temporada de SELEÇÃO NATURAL. Sabe aquela coisa de que os seres que evoluem são naturalmente selecionados pelo ambiente, pois eles evoluíram e ficaram aptos a viverem nas novas condições as quais estarão submetidos? Ou seja, dane-se que homem geralmente gosta de mulher “frágil”. Vou esperar selecionar naturalmente o cara (que seja sim O CARA), que encare uma mulher diferente disso como um desafio que vale a pena ser enfrentado!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sorry...closed again!

Sendo muito direta, tô cansada. Na verdade, tô muito cansada de muitas coisas. Cansei de buscar algo que nem eu mesma sei o que é, e muito menos onde está. Dispenso saber onde está, por que quando isto acontecer a busca termina, e aí sabe-se lá o que vai mover a vida. Mas gostaria muito de saber do que se trata. Escrevi em outra ocasião que não conseguia responder à maldita pergunta “Quem sou eu?” do não menos maldito Orkut, e dessa vez vou tentar com toda a sinceridade que se faz presente nesse momento da minha vida. Preciso aproveitar essa etapa de profundo crescimento para resolver tudo o que se faz indefinido, pelo menos no que diz respeito à minha essência. E por incrível que pareça, ver “Noiva em fuga” exacerbou esse pensamento. Não sei como prefiro os ovos (olha a mente...rs). Não sei qual é meu hobby. Não sei de quem sou fã, e nem meu livro e filme favoritos. Isso é crítico, e vai ser resolvido, eu me prometo (estranho isso de fazer promessa a uma pessoa praticamente desconhecida, mas vamos lá).

Sou incansável quando tenho um objetivo (o nome que se dá a isso é determinação?rsrs), e não sei se preciso parar de ser obstinada. Sou amiga, extremamente leal a qualquer criatura que deposite confiança em mim, assim, de graça. Raramente sei mentir, só se for pra proteger alguém de uma verdade que não a pertence (que normalmente não sou eu). Meu olhos falam por mim, basta saber enxergar (piegas, mas é assim, rsrs). Sou autêntica. Não tenho capacidade de ter papas na língua e de concordar com o que se convenciona ser o comportamento mais agradável. Pra mim, comportamento correto é o verdadeiro, mas tenho um filtro que é super eficiente para situações mais críticas (trabalho, principalmente). Sou impaciente, imediatista, às vezes pirracenta. Me irrito com coisas que acho ridículas (pessoas mastigando, por exemplo, sinto meu instinto assassino brotando), e ao mesmo tempo me emociono com as coisas mais simples (uma vez chorei com uma criança comendo paçoca com a mãe no ônibus. Devia estar na TPM.). Tudo o que é muito exagerado me dá nojinho, nem passa perto de me encantar. Tenho um senso de auto-proteção muito forte, que eu até tava afim de diminuir a influência na minha vida, mas as situações não me deixam tentar. Sofro por antecipação, por que prefiro me poupar. Chorona toda vida, prefiro chorar pra mim do que fazer papel de idiota pros outros. Não sou pessimista, sou realista (demais). Minhas amigas me acham engraçada e intolerante (às vezes engraçada pela minha tolerância zero), e eu concordo. Até me acho inteligente, mas a cabeça é tão bagunçada que o aproveitamento disso é baixo pro potencial. Amo música, desenho, poesia, teatro, dança, esportes. Fui boa em tudo isso desde a infância, mas nunca foquei em nada e hoje eu não sei mais no que sou boa. Também não sei no que quero ser boa, muito provavelmente quero priorizar meu violão (ele me entende). Aliás, na verdade chegou a hora de priorizar minha profissão, sei que posso ser muito boa nisso. Já me disseram que eu poderia cantar bem, mas o medo de ser um fiasco me faz preferir não tentar, até tentar sozinha e achar que tá bom (escrotice minha, eu sei). Não sei lidar com a rejeição, sei onde está a raiz disso, mas jamais vou fazer alguém pagar pelos meus problemas emocionais. Odeio quando alguém faz isso comigo, ou com qualquer outra pessoa, covardia é algo que me dá náusea, bem como injustiças. Tenho fama de ser azarada com o sexo oposto e com celulares (pura intriga da oposição, imagina!rsrs). A primeira é por selecionar naturalmente os mais canalhas, os mais complexos, ou os mais propensos à se descobrirem gays, não necessariamente nessa ordem de tendência. Não sou boa em me apresentar totalmente nessas ocasiões, quando vejo estou observando mais do que me expondo. Deve ser a auto preservação. A segunda, é porque quando não perco ou sou assaltada, a operadora viaja e me arruma uns problemas, ou ainda o aparelho mesmo estraga (dá pra fazer uma analogia entre as duas). Por falar nisso, mudei de número de novo.
Sou péssima pra tomar decisões bestas rapidamente, e pior ainda pra dar o braço a torcer, com coisas bestas. Assumir erros é comigo, mas aceitar derrotas, é muito mais difícil. A opinião alheia me deixa mais segura, mas ainda assim me pedem muitos conselhos, por incrível que pareça, sobre relacionamentos (como podem dizer que sou azarada e achar que posso opinar algo sobre o tema?hã?). Tenho um dom idiota de antecipar a sensação que uma dada situação vai me proporcionar, o que já me fez muito mal, e poucas vezes bem. Às vezes tenho idéias bizarras e sou impulsiva. Isso me torna também contraditória. Não sou fresca nem muito materialista, mas tenho loucura por sapatos e fico em alfa ao comprar vestidos. Amo chocolate, vinho, e a comida da minha avó. Adoro me cuidar. Sou apaixonada por crianças. Troco qualquer mega evento por umas risadas com meus melhores amigos.
Detesto acomodações, inércia, transferência de culpa, e egoísmo. Gosto de pessoas simples, verdadeiras e com atitude. Tenho muita fé em Deus, sei que reclamo muito da vida, mas só Ele sabe o quanto, no fundo, eu agradeço. Morro de medo de perder pessoas queridas, mas também tenho muito medo de que elas me percam. tenho orgulho de ter sido uma criança disciplinada e ter dado pouco trabalho, mas não me orgulho nada de ter sido muito ingênua e medrosa.

Faço planos comuns, que a maioria das pessoas quer. Sonho em ser feliz, ter meus 3 filhos, um marido leal (e de preferência que consiga conciliar isso com fidelidade), manter minhas amizades mais preciosas, ter cachorros e fazer algo grandioso no meu trabalho. Quero rir de tudo o que me dói no peito agora, e poder dizer que superei. Quero deixar de acumular pendências e ciclos abertos pelo meu orgulho. Quero parar de fingir que está tudo bem quando descubro que aquele cara que parece canalha de fato não presta, mas gosta de mim (fazer o que,acontece...), e que aquele que é super legal pode até ser, mas no duro o que ele quer mesmo é me fazer de mais uma e/ou preferiu outra(s). Isso me emputece, mas eu finjo ignorar sempre. É um erro.
Quero ser mais audaciosa, arriscar mais e confiar mais em mim, afinal, se eu não confiar, quem vai?

E assim eu concluo meu desabafo. Estou descobrindo quem eu sou com o propósito de parar de me esconder atrás de uma couraça que ninguém consegue enxergar através. Estou começando a me aceitar dessa forma, a me amar assim, dentro de toda a mnha esquisitice e possível instabilidade. Mas enquanto isso não acontece, meus caros, SORRY, I’m closed again...

Ah! Também devo dizer que muito provavelmente vou confundir fechar pra balanço com ser fria e seca com uns, inexistente com outros, e extremamente sensível com os mais próximos. Bom, paciência...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

La vie en rose

“Quem disse que seria fácil?”. Já disse eu mesma, essas sábias palavras que dão as boas-vindas a quem chega na mesa que eu ocupava. Não é rispidez, é realidade. E na semana anterior eu disse isso pra mim mesma, quando me despedia do único mundo cor de rosa que pude conhecer na vida (pra vcs da GSK que adoravam dizer que eu vivia no meu mundo rosa...hehe). A vida era “rosa” só pelo ambiente, mas na verdade lá eu aprendi o oposto: é preciso lutar muito pelo que se quer, é preciso aprender a engolir alguns sapos (às vezes num estilo bem a lá Magnólia), sem se entregar. Saio com a certeza de que conheci pessoas incríveis, fiz amizades que certamente irão perdurar e que uma nova vida começa agora. E agora tenho que cortar o cordão e seguir.

Como todo período de mudança, é pavoroso...Sair da zona de conforto dá vontade de gritar, especialmente quando tudo parece obedecer à segunda lei da termodinâmica (basicamente, tudo tende ao caos, que aumenta ao longo do tempo). Ou seja, eu estava estabilizada, nos 3 campos básicos da vida, que eu tenho como meu trinômio sagrado: família, vida pessoal, carreira (vida pessoal entendo como amigos e/ou relacionamentos). Se uma das variáveis desmorona...as outras se acomodam à transformação. Pra melhor ou pra pior.
Hoje voltando pra casa do meu novo trabalho (tô animada, mas dá borboletas no estômago!rsrs) comecei a fazer uma análise trade-off de tudo isso e percebi que novamente tudo estava no auge da desordem, e eu me esforçando pra retomar a paz. Tive que ligar pras minhas amigas pra miar no ouvido delas, depois de muito tempo sem precisar fazê-lo.

Colho os frutos de ter deixado muitos ciclos sem fechar, achando que o melhor era me antecipar à uma possível frustração e ignorar pessoas e seus atos. Vejo que passei pra trás muitas coisas mal resolvidas, que no meu último surto eu resolvi todas (isso mesmo, insadecida procurando pessoas pra revolver coisas passadas), e nesse ínterim acabei esquecendo que tinham outras coisas em andamento. Coloquei na cabeça que a prioridade do momento era a minha carreira, investi toda minha energia nisso. Daí percebi, não faz muito tempo, que estava deixando de lado alguns amigos e que eles me faziam muita falta. Comecei a dividir minha energia, e percebi que eles me ajudavam na primeira variável. Com a grande perda que minha família sofreu recentemente eu percebi mais ainda que eles também me faziam falta, mesmo tendo encontros semanais. Fiz o que eu sempre tive vontade, e intensifiquei a ligação com eles. Achei que o melhor no momento era dar uma congelada na parte vida pessoal – divisão relacionamentos - pra manter os outros focos, e principalmente pra fechar os ciclos que ficaram abertos do passado (especialmente os que cismam de me atormentar diariamente). Tudo ficou bem, por um certo tempo. Eu tinha tudo sob o mais absoluto controle.
Não consegui manter. E de quebra ainda consegui mais um assunto mal resolvido na vida. É tudo culpa da porcaria da 2ª Lei. E nesse exato momento todas as variáveis brincam de ciranda-cirandinha ao redor da minha cabeça, que tenta procurar um abrigo da dor que sente pra conseguir raciocinar (ou seria racionalizar?) sobre tudo e recomeçar.

Ver a vida na cor rosa era bom. Mas desafios também são bons. Na verdade, os desafios são minha força motriz! Não precisava vir tudo junto, mas ok...afinal...

...QUEM DISSE QUE SERIA FÁCIL???

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Variações sobre o mesmo tema parte II: auto-análise

Então...depois de receber alguns comentários (todos em off...cadê a coragem de vocês??rsrs) se identificando e/ou concordando com os fatos analisados no post anterior, alguns questionando, enfim, decidi fazer uma auto-análise sobre o tema, até inspirada no Cafa (aliás meninas, recomendo a leitura, ele fala muitas coisas que eu falo pra vocês, que quase sempre acham que eu tô exagerando), que conta casos próprios e histórias de outros, pra falar sobre um tema, normalmente, de interesse das mulheres e que seria difícil termos noção da visão dos homens é aquela. E decidi falar da minha visão mesmo pra não dar margem à “fantasia” alheia (lêia-se, as interpretações múltiplas que podem surgir e dizerem por aí que eu sou feminista-liberal-defensora-das-piriguetes, e por aí vai).
Começo esclarecendo que: o objetivo de dizer tuuudo aquilo, principalmente sobre os temas “sexo no primeiro encontro” e “homem só quer sexo”, não é dizer que acho os homens necessariamente canalhas por tomarem as atitudes desagradáveis que relatei, mas sim dizer que nós devemos tomar cuidado com a nossa postura, e nos sentirmos muito bem resolvidas em relação à ela. Ou seja, nada de culpar o cara por suas trapalhadas e crises de personalidade. Muitas vezes a culpa é da sua insistência em achar que algo cósmico vai acontecer, e ele vai transcendentalmente sacar que você é legal, tem conteúdo, e é pra casar mesmo se você der aquela vacilada quando tem a oportunidade de mostrar seu perfil pro cara (não, ele não tem a obrigação de fuçar as suas 351 comunidades do Orkut, onde 300 são do gênero “Sou pra casar” e “Quero um amor pra vida toda” pra saber mais sobre você, principalmente se ele não tiver esse interesse).
A minha postura é muito simples: se valorizar vai muito além de não fazer sexo de primeira, significa não se deixar ser tratada como um objeto (achei essa frase no cafa e resume muito bem o que eu penso sobre o assunto). Não significa que necessariamente ele vai sumir depois de você liberar geral de prima (especialmente se ele quiser fazer você de marmita), mas tem que ter rolado algo muito especial pra isso não acontecer. E especial não significa aquela cena com a receita vinho + DVD, do sofá pra cama dele, por que pode ser aconchegante, mas é uma situação lobo na pele de cordeiro. Vai dizer que você curte coisas fáceis, que não ofereçam o menor desafio???Hein? Então, nem ele. Se você topar o DVD por que acha ele querer te levar na casa dele o máximo, vai lá, mas saiba aguentar as consequencias em silêncio (sem mandar mensagens insanas pra ele depois com indiretas por ele ter sumido, ou indiretas no orkut/MSN).No máximo ligue pra amiga pra dar uma miadinha no ouvido dela.
Sobre o “homens só querem sexo” está mais do que desenhado , não é necessário repetir. Mas posso me divertir postando sobre o que me acontece, já que o momento é auto-analítico, e eu iria além...quase catártico.

Em 2005 eu sofri muito por essas questões amorosas. Masss, acreditem, nenhuma delas foi culpa dos caras, foi minha mesmo. Ninguém mandou duvidar do neon que aparecia na testa deles escrito “eu não valho o meu peido da manhã” e achar que eles poderiam ser regenerados por que eu sou legal. Depois que entendi (e assumi!) isso, tudo ficou mais fácil, a vida ficou até mais bonita.
No ano seguinte comecei a pôr em prática os ensinamentos do ano anterior, e nem por isso sofri menos. Foram tantos os absurdos, que depois de ganhar muito mais experiência (negativa) e ver que se a gente deixar, eles surpreendem (mais uma vez, de forma negativa), decidi viver um ano de reflexão. Comecei a me dedicar mais às atividades da igreja à música, e à família (parece papo de quem encontrou Jesus depois das decepções, mas foi não, é que tudo colaborou pra isso mesmo, mas isso é outra história). Vivi um ano de paz, não fosse a minha forte tendência à interpretar paz como monotonia. Não tava feliz, por não estar sendo eu mesma, enfim, terminei meu namoro daquele ano e tudo voltou ao “normal”. Como sempre acontece depois de momentos de clausura, rolam muitas saídas, minha mãe enlouquece, acha que eu tô envolvida com coisas ruins e acredita cada vez menos que vá ganhar netos. Aí eu mostro pra ela que tenho pouca paciência pra curtir por muito tempo as noitadas e suas consequências, que tenho boa índole e por isso não gosto de andar com gente que não seja assim (não sei por que ela sempre acha que alguém tá me fazendo mal,mas enfim, deixa ela...depois de uma conversa fica tudo bem),e que...bom, sobre os netos, infelizmente tenho que concordar. Mas não é vontade minha, o que posso fazer se tá difícil de arrumar um cara legal pra comer pizza comigo, que dirá pra ser pai dos meus três pimpolhos??
Aí em 2007 recomecei a saga de descobrir coisas bizarras que um homem pode fazer a gente passar. E dessa vez não rolou aquele sentimento de que se eu não tivesse deixado, não teria acontecido, por que foi algo completamente sem precedentes, e tampouco pude ver algum ato ou negligência minha que pudesse ter levado ao que ocorreu. Mas ok, a vida está aqui pra ser vivida. Depois descobri uma “sacanagem” no único relacionamento que eu jurava ter sido o mais “certinho” de todos. E por aí foi, mais um período de saídas intensas e coisas fúteis pra uma pessoa descompensada. Acaba rápido, tenho cada vez menos gosto por isso.
O ano de 2008 já começou com um pseudo-pé-direito, com algo que tinha uma raiz beeem lá no passado, prometia longevidade 100%, mas infelizmente (ou felizmente) eu já tava tão vacinada que não consegui ter culhões (sem plágio...ácido?) pra aguentar aquilo. E esse foi o ano em que eu me consagrei como o que eu sou hoje. Se e fosse um pouquinho mais escrota poderia até enviar uma cópia do single “Good girl gone bad”, da Rihanna, pra todos os imbecis que tentaram me fazer de idiota. Mas como não sou, me ative a dar respostas no nível Saraiva/Dr. Pimpolho para os que ainda se aventuravam a tentar colocar uma tarja escrito “otária de plantão” na minha testa. Ou quem sabe um neon pra fazer par com o deles, aquele que reluz “B-U-C-É-F-A-L-O” toda vez que ele tenta fazer uma canalhice. Mas antes que eu sucumbisse à vontade de fazer qualquer manifestação, decidi que era hora de resolver tudo isso na minha cabeça (lêia-se fazer uma ioga e me livrar da vontade de jogar óleo quente no ouvido de cada um que foi babaquinha com louvor) e partir pro futuro. Juntei toda a minha bagagem “cafajestal” (fruto de relacionamentos meus, das amigas de longa data até as de banheiro de boate, mais o conteúdo adquirido ao longo de anos sendo criada com 2 homens mais velhos e os amigos) e compus minha postura. Cara, não é fácil... Mesmo eu declarando que não tô caindo na conversa deles, believe me, rola insistência. Pra ninguém achar que tô agindo com “defesa” demais e/ou exagerando, seguem exemplos (milagres sem nomes dos santos, claro):

Sexta pela manhã, tô trabalhando, conecto discretamente o MSN com um objetivo já traçado, ou seja, não vou ficar de papo com todo mundo. Aí vem aquela peça que eu já dei por morto há séculos perguntar usando todo o estoque de “a” que ele pôde reunir: “Lindaaaaaaaa³....me abandonou???”(isso uns 10 meses depois) Meu...agora que você percebeu? Qual parte ainda precisa ser desenhada? Ah, deve ser a parte de que quando eu te dei uma chance você lançou uns papos tortíssimos querendo nitidamente me fazer de lanchinho e apareceu com uma namorada 2 semanas depois? Ok, isso não me chateou, o que me chateou foi a perda de tempo e gasto desnecessário de energia. Depois de umas 5 vezes ignorando, acho que me fiz entender.
Sexta à noite...tô no celular com um dos meus amigos do trabalho, que é membro do corpo docente da Cafa’s Life School (onde sou mestranda e provavelmente eterna aprendiz), e ele começa: “olha...sei que muito provavelmente você não vai ligar pro que eu vou te contar...mas já tava pra te falar isso (nada me tira da cabeça que eles aguardam um momento estratégico pra contar um podre de um outro cafa, mas tudo bem). Me disseram que o teu ex (o da espécie Bucefalus magnus) anda dizendo por aí que ele acha que a gente tá se pegando, mas que ao mesmo tempo ele não liga por que ele também está te pegando”. Legal, vou precisar de umas 5 agulhadas de Botox® pra me livrar de todas as linhas de stress que me apareceram depois disso. Tecnicamente “tô pegando” os dois, sendo que só os vejo no café da manhã quando chego no trabalho ainda maldizendo a existência da FM O Dia, que embala meu sono na van. Duvido de verdade que eu consiga dar mole pra alguém nesse estado, e se fosse o caso, certamente não seria no ambiente corporativo, e muito menos seria pra eles. Sabe aquela comunidade brilhante (que algumas pessoas usam pra fazer tipo) “Sou legal, não to te dando mole”? Então, a situação é exatamente essa...Fui dar “intimidade” ao invés de dar dinheiro, eles já falam que tô dando muito além disso. Além de tudo ele é uma besta, por que se fosse o caso de ter alguma chance comigo, ela desmoronaria ali mesmo. Nesse situação, prefiro sim levar a fama sem deitar na cama, não vai ser o desejo oculto (por que é nítido que rola um desejo oculto de eu realmente estar indecisa entre os dois, dando uma de esperta me dividindo entre eles) de dois machos disputando território que vai abalar o meu bem-estar e minha beleza.
Sábado à noite...pra variar, MSN ligado e filme na TV ou livro a tiracolo. Quando venho checar se alguém puxou papo leio “Poxa!!Você nem fala mais comigo! Saudades de você...”(aí, nem preciso comentar, rola a tecla SAP). Penso: é, realmente...não falo mais com você, e portanto não há razão pra te manter aqui nos meus contatos. Fim de papo, que nem começou.
Domingo à noite...au conccour. Novamente, eu aqui escrevendo esse post, quando de repente me vem a inspiração pra enriquecer o texto: MSN (fugindo da rotina), telefone com a amiga miando, a janelinha pisca com a seguinte chamada: “metidinha você, hein...nem fala mais comigo...”. Nota mental: hora de fazer limpeza nos contatos do MSN. No fim decidi que esse estava implorando por uma resposta amarga e bem dada. Só ignorei o fato dele não ter QI pra entender. Mas tudo bem, prossegui na missão. Continuou com essas amenidades e ele sempre tentando puxar o papo pra “tô-cansado-da-vida-de-balada-e-virei-um-milkshake-carente-do-BoBs”. Novamente, tecla SAP. Me seguro pra não mandar ele explodir a própria próstata pela via anatomicamente mais favorável (hum...é, esse foi bem ácido) por achar mesmo que eu pudesse cair nessa, mas já percebi que seres abissais tendem a querer igualar a inteligência dos outros às deles. Até que o num dado momento ele atingiu o auge da essência criação do Gepetto e me perguntou (23h30 da noite de domingo, isso mesmo) se eu não gostaria de ver filmes com ele na casa dele (sic). Decidi que o melhor era ignorar e lançar um status Ocupado, se ele não entendeu até agora, significa que qualquer resposta que eu desse depois disso seria dar Ibope e me tornaria responsável pelos comentários posteriores, por que esse já tinha saído do nível aceitável de joselitagem, e passado pro nível do desrespeito. À minha dignidade e à minha inteligência, claro. Mais um pra lista de bloqueios.

Meu objetivo é fazer com eles o que eles tentam fazer comigo, e certamente, com outras. Ou seja, eu me divirto em algumas situações dizendo simplesmente uma desculpa esfarrapada pra não estar dando atenção, dizendo que vou ligar e não ligando, etc. Me ensinaram (e foi de grande valia), que as mulheres só vão deixar de sofrer à toa por amor quando fizerem um homem sofrer de verdade, com uma sacanagem forte. Não foi fácil assumir um comportamento que eu considero cruel (e/ou idiota), mas devo admitir que depois disso, de fato, fiquei muito mais racional. Mas agora chega, nada mais de fazer nenhum pobre coitado de bode expiatório nem de ficar me divertindo com a “otarice” temporária de outros caras.

Considero que depois desses anos de curso já dá pra eu ser uma pessoa focada e capaz de deixar as coisas acontecerem, ou seja, se eu tenho um alvo de interesse, ele vai ser meu foco, mas jamais vou deixar que aquilo mande na minha vida a ponto de me tirar da zona de conforto e me desestabilizar, e nem vou ficar “tapando o sol com a peneira” com outros, enquanto eu não o atinjo. Fico triste que algumas mulheres ainda não consigam ser bem resolvidas, às vezes vejo algumas chorando pelos cantos e mal enxergam o quanto elas têm valor, só que com essa postura não dá, ninguém vai enxergar. E eu posto essas coisas justamente pra essas verem que é possível haver vida depois da decepção.
Ao mesmo tempo vejo outras se desvalorizando por futilidades, seja na televisão declarando um sonho de posar pra Playboy ou dando em cima de homem casado em reality show, seja na vida real (mesmo) sendo tratada como objeto e se expondo. Novamente, cada um faz o que quiser, mas acho legal não fazer da vida um livro aberto achando bonito isso, como se isso traduzissse a mente da mulher moderna, e que tenham peito (sem se apoiar nas turbinadas) depois pra assumir as consequencias.

E homens...por favor. Sempre rola uma pontinha de esperança que algum leia isto e funcione pra algo. Hoje eu peço, encarecidamente: tenham mais tato...não custa nada usar da sinceridade (sem acidez...rsrs), isso não é sinônimo de começar uma DR. Para alguns eu peço apenas que tenham mais noção. E muito bom senso. Pode ser?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Variações sobre o mesmo tema parte I: análise dos fatos...

Eu costumava dizer :” Eu sou a personificação do paradoxo”. Sempre achei essa minha auto-definição o máximo, mas acho que nunca consegui organizar palavras para definí-la muito bem. Segundo o dicionário, paradoxo é uma contradição aparente. Olha só que coisa, aparente. Grande coisa, como se fosse uma criatura única, muito distinta de tantas outras mulheres mais complicadas. Mas enfim, curti a definição, fazer o que?? Além de tudo ainda tenho que ME entender?rsrs...
Engraçado que mulher detesta quando homem diz que somos complicadas, por que temos a plena convicção de que eles é que são seres bizarramente ininteligíveis. Ao mesmo tempo, mulher adora se auto-entitular como naturalmente complicada, e ai de quem discordar. Imagina ouvirmos que somos simples, e que qualquer um pode entender? Isso nos tornaria menos especiais. Agora, o que faz os homens nos acharem complicadas? Ah...pode ser por que mulher consegue ver as situações de uma forma assustadoramente peculiar: vê problema onde na grande maioria das vezes não existe, e não vê a solução onde ela está nítida, gritando por ser percebida!
Vamos ao exemplos “práticos”...Imagine as seguintes situações...(não necessariamente verídicas...mas ouve-se cada coisa....)
- Não sei porque ainda perder tempo com aquela divagação: “ ai, amiga..sei não...mas eu acho que ele só quer me comer!” . N-O-S-S-A. Eis a grande descoberta depois da penicilina! Minha cara, esse é o único ítem de série que acompanha os homens. Se você conseguir que ele queira algo além disso, pode se considerar com sorte. Lembre-se sempre, eles sempre querem sexo (não necessariamente só isso, mas...via de regra...), e o papel deles é tentar conseguir. O nosso é decidir se eles vão ter ou não.
- “ Ele vai me achar uma piranha se eu der no primeiro encontro”. Só se você cobrar por isso, filha. Isso é desculpa consensual entre homens pra cagar na sua cabeça depois de começar dando um valor extremo a uma simples ligação sua, fazer alarde quando te encontra, falar coisas bonitinhas, etc. Se ele sumir depois disso, é por que simplesmente desde o início eles não queriam nada sério com você, e se viram obrigados a perder tempo com toda quela historia de caras legais pra ver se você caía mais rápido. E pasme: a culpa é nossa. Se 90% das mulheres precisa ouvir essa história para fazer o que eles querem (e muuuitas das vezes, é o nós também queremos) logo no início do relacionamento (hã?relacionamento?uahauhuah), nós acabamos fazendo uma seleção natural de homens que já fazem isso pra não ter que criar uma estratégia p/cada tipo de mulher. Mas acredite: se ele gostar de você, ele liga no dia seguinte sim, e muitas outras vezes depois. Se ele gostar de você pode ser a situação mais bizarra do mundo que ele dá uma de otário e passa por cima disso. (ah, faz uma forcinha pra acreditar nisso...a teoria é tão bonita quando o mundo de Polyanna!uahuaauh)
- “Nossa, como ele pôde fazer isso comgo?”. Simples, por que você deixou. Já ouviu aquele ditado que as pessoas só fazem com a gente aquilo que a gente permite? Então, não é por que você é mulher que está isenta disso. Você não é uma criatura pobre e indefesa que se deixou seduzir pelo lobo mau. Se não tivesse insistido em tentar mudar a cabeça daquele cara que foi canalha em 30 relacionamentos de 15 que ele teve, não estaria aí agora com mais raiva de você do que dele. Se não tivesse sucumbido àquela vontade súbita de revolver a situação pra dar o último fora, o golpe de mestre, e sair por cima da situação, não teria sido ignorada e sua raiva não teria triplicado em 5 minutos. E também teria evitado de pensar por uma fração de segundos que seja, que o melhor é mudar de "time" ou virar celibatária. (Que fique muito claro que isso não demonstra uma vontade velada de seguir esse caminho. Ok?rsrs)
- “ Homem não presta mesmo!”. Opa, alto lá. Baseada em que? No fato de ele dizer que gosta de você e sair com aquela tribufa da academia que você abomina? No fato de ele sair com você e não ligar no dia seguinte? No fato de você ver muitos casos de traição masculina? Ou nas olhadas que você recebe na rua, e que te fazem sentir um objeto? Por partes:
Assuma, vai. A maioria curte muito a situação de manter uns 3 caras correndo atrás, e ainda se acha a esperta por ele achar que só ele investe em você, e que você só dá atenção a ele. Então não condene, ele só é menos capaz de esconder isso. Ou talvez tenha menos motivos, já que mulher que faz isso declaradamente “não é pra casar”, e eles são, no mínimo, garanhões phodas, com pê-a-gá!.
- Sair e não ligar no dia seguinte...isso significa que ele não lembrou de você? Que não teve consideração? E mais, se você pode receber essa lembrança, ele também pode. Às vezes surpreender, sem ser chata nem cobrar, é claro, vale mais a pena que deixar que ele decida quando vai ser o próximo contato.
- Casos de traição masculina...esse é o ponto mais delicado. A questão é que as traições masculinas são mais rastreadas. E mais descobertas! Se forem descobertos quanto cada um trai, na verdade, o resultado pode ser assustador...
- E os olhares da peãozada na obra...ah, decida-se! se ninguém te olha você logo começa uma dieta, dobra a jornada na academia e se dá um banho de loja, porque está pouco atraente. Se olham muito acha que te vêem como objeto. Tudo é questão de distinguir o cara que só vê o que pode possuir e o cara que te quer como mãe dos filhos dele. E cá pra nós... você nunca olhou um cara como se ele fosse aquele pernil dos desenhos animados???

Agora...é fato que homem quando quer ser cruel...é! É uma mistura de imaturidade, com burrice, com egoismo, com sei lá o que, mas é. Mesmo quando somos mulheres muto bem resolvidas e deixamos claro que não vamos pedir em casamento em 3 dias, grudar, exigir,etc, e muitas que mostram que querem a mesma coisa, enfim, ainda assim eles tendem a ter o prazer de nos envolver. E aí você não se envolve, e só falta dar na cara dele falando, “ô, filho da puta...eu não quero que você se apaixone, só quero deixar rolar!pode cortar o papinho!” Mas não. Inaceitável pra eles isso de não sentir uma mulher vulnerável. Ok, instinto, defesa, sei lá mais o quê. É até compreensívell. Mas aí...às vezes acontece mesmo, não dá pra controlar, e o envolvimento acaba ocorrendo. Se você é muito bem resolvida, fala pra ele que quer interromper o caso de vocês por que não quer sofrer, e pede a ele pra se afastar, ou simplesmente some. Se você não está assim tão bem, sofre mesmo declarada e desmedidamente. E não é que de uma forma ou de outra o desgraçado continua insistindo, com o papo de que “ quer contiuar te vendo”(aquilo que você automaticamente, com sua poderosíssima tecla SAP traduz para “quero continuar te comendo”), e insiste em achar que você é uma idiota. Aí sim é inaceitável. Nunca devemos subestimar a ignorância humana, mas tampouco, a inteligência feminina...


p.s.1: Meninos...peço perdão se pareço estar generalizando a situação. E peço perdão também de por acaso pareço eu estar subestimando a inteligência masculina. Não é a intenção, o objetivo aqui é colocar a nossa visão sobre situações corriqueiras. Lamento não ter conhecimento de causa pra colocar aqui uma visão diferente sobre a opinião de vocês, pelo contrário...Escrevo isso depois de passar por alguns (“alguns”...da série “suavizando os problemas da vida parte IV) casos assim, de ouvir sobre muitos (da visão das amigas e dos amigos,diga-se de passagem) e depois de me pedirem conselhos sobre essas coisas (odeio pensar que posso estar me assumindo como uma PhD no quesito sacanagem de homem...mas ok...)...então entrego aqui de bandeja a quem interessasr possa, a visão feminina.
p.s.2: Amigas, eu não sou traíra! Não estou entregando o ouro aos bandidos! O cara que conseguir entender tudo isso deve ser considerado um outlier...o cara que discordar, disser (de verdade, claro...) e mostrar ao menos ele não pensa nem se comporta assim...deve ser considerado no mínimo o cara mais especial que vocês já conheceram. (Já aconteceu com você? Eu sei, nem comigo. rsrs...)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Câncer do Colo do Útero: Previnam-se!




Pessoas queridas...sei que até hoje a maioria das coisas que eu postei falam sobre alguns dissabores da vida, especialmente para nós mulheres. Mas nenhum desses obstáculos é tão sério e impactante quanto um abalo na nossa saúde, e por isso decidi postar sobre um assunto sobre o qual todas as mulheres (e os homens que amam as mulheres das suas vidas!) devem ter conhecimento: o câncer do colo do útero. Vejam abaixo algumas informações úteis, fiquem por dentro e sigam a palavra de ordem: prevenção!



O que é HPV? É a sigla do Papilomavírus Humano. Há mais de 100 tipos diferentes, mas alguns são causadores do câncer do colo do útero: os principais são os HPVs 16, 18, 31 e 45 , que causam 80% dos casos de câncer e no Brasil são 19 mil casos por ano.

Câncer do Colo do Útero: afeta 500 mil mulheres/ano e mata 250 mil. É possível curar se detectado no início, mas grande parte das mulheres só descobre em estágio avançado, porque não faz exames regulares no ginecologista. Mulheres, previnam-se!

Transmissão: por contato direto pele a pele.

Prevenção:
1. Exame Papanicolaou (anual ou semestralmente). Em alguns casos o médico pode pedir uma colposcopia, exame que permite visualizar lesões mínimas que podem evoluir para tumor;
2. Contato Sexual é a forma de contágio. Usar preservativo ajuda muito, mas não garante 100% de proteção contra o HPV, pois mesmo sem penetração, pode haver contágio pelo contato com a pele. Camisinha: fundamental para proteção contra várias doenças sexualmente transmissíveis (DST) e contraceptivo eficaz.
3. Vacina. Já existe a vacina contra o HPV!
Atenção: a vacina não exclui a necessidade de exames ginecológicos periódicos, ao menos 1 vez ao ano.




Veja mais informações em Evite o Câncer.


Perguntas e Respostas sobre HPV:
Quiz

Onde se Vacinar? Veja aqui

Quer aderir à campanha? baixe aqui e-cards e walpapers!

















































quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O dia em que a Terra parou

Ando escrevendo muito. Descobri que ultimamente escrevo muito mais do que leio, e me pergunto....de onde vem tanta coisa pra escrever se eu não alimento meu cérebro com coisas novas? Até estou lendo um livro, super interessante por sinal, mas a cada capítulo eu ganho inspiração para escrever assuntos aleatórios...ok, falar de assuntos da minha vida, falar do meu coração, desabafar aquilo que ninguém vê quando me olha. Quero ver uns filmes, quero compor umas músicas. Meu violão, que atualmente é o cara que mais me entende, e está do meu lado sedento por ser tocado, parece que sabe que eu acabei de escrever alguns versos que merecem ganhar uma melodia. Meu celular está plagiando algum programa de humor e parece me olhar e dizer “me carrega??”, até que por fim eu me emputeço com os ruídos contínuos que ele faz quando está agonizando e faço o que ele quer. Coisa mais inútil...Tá um calor insuportável, eu tenho milhares de coisas pra fazer mas perco tempo me decidindo entre elas. Olho pro meu perfil do Orkut e tô afim de mudar (tipo, diariamente??), quero parar de usar músicas prontas, de outros autores e quero dizer eu mesma o “quem sou eu”, mas a tentativa é inútil, eu não consigo colocar em palavras aquilo que eu sou. Acho que a importância não está no Orkut (acho??rsrs). Não me importa tanto o que as pessoas vão ler, mas me incomoda não saber responder direito essa maldita pergunta que o criador dessa joça cismou em fazer (já reparou quantas desgraças o Orkut trouxe pras nossas vidas??hã?). Sei que nessa de escrever minhas coisas, e ler coisas que outras pessoas escreveram, pra mim, a Terra parou.
Nada tem a ver com o filme, até por que o Keanu Reeves não chega aos pés do que me inspira a escrever esse texto. Quando eu disse isso pra uma amiga ela respondeu: “Porra! Mó gato!” (achou que fosse se livrar dessa, né?hehe). Eu sei, concordo. Mas o Keanu não mostra sua verdade pra mim (ele, aliás, continua sendo uma incógnita. Será que é gay mesmo??), assim como tantos outros caras muito gatos que passaram na minha vida (calma, gente...eu não peguei o Keanu....rs). Talvez seja por que é o tipo da verdade que não me interessa, que não me atrai, uma verdade seca e vazia. Forçosamente composta pra tentar me encantar. E aí quando eu vejo uma verdade que vai muito além do que me é apresentado...a Terra pára. Mesmo.
Meu mundo gira em torno de coisas como a minha família, amigos, carreira, minha música, minhas dietas e outras banalidades, como relacionamentos. Não consigo parar de citar isso nos meus textos. Não que relacionamento seja banalidade, mas é que não encontrei um que tenha merecido uma classificação melhor que essa. Mas aconteceu um pequeno imprevisto nessa minha saga, onde eu busco sempre uma maneira criativa de falar da falta de sucesso com o sexo oposto, e é claro, culpá-los nas entrelinhas. Sei que não está certo. Mas é irresistível!rs...
Descobri uma pessoa diferente. (Nesse momento a reação feminina varia de “aaaah...que lindo!” a “aaah!que otária!” ). Não foi ele que me apresentou sua essência, mas eu a captei. Percebi seu conteúdo e não necessariamente me apaixonei por ele, mas algo mudou na minha concepção de perfil ideal (reforço: não tô apaixonada, só tô dizendo ainda não consegui ver nele a mesmice dos caras que eu conheci até hoje. E parem de rir dizendo “aaaah, caô!”rsrs...). O que mudou é que eu já não acho mais que seja algo inexistente. E neste dia a Terra parou. Eu não tinha mais argumentos pra dizer que são todos iguais. Agora meu mundo precisa girar em torno disso, da esperança cega de que um dia alguém assim faça parte dele...





(p.s.: espero nunca ter motivos pra escrever um post " Aaaah,mas hoje a Terra gira numa boa...de novo, quando eu redescobrir que são realmente todos iguais!rsrs...)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Momento Foraseq

Hoje, ou melhor, agora, madrugada pós dia do farmacêutico, tô saindo da rotina com um pouco de insônia (da série “suavizando os problemas da vida”, parte I). Já usei antiséptico bucal 3 vezes pra evitar comer sorvete a essa hora, até por que desconfio que tenho 2 jacas substituindo minhas amígdalas (hum...por que será??rs), papo de umas 10³³ UFCs de Streptococcus pyogenes . Passei 4 horas e meia num carro apertado voltando do trabalho, reconhecendo os terrítórios do nosso Rio de Janeiro que não aparecem nos cartões postais (aparecem costumeiramente no Extra), num dia de chuva, e o ar condicionado parecia plantar novos pés de jaca na minha garganta, que dói horrores agora, especialmente depois das sessões de chips lotados de moles de sódio e nada de água pra rebater. Aí, eu me fiz o favor de parar pra pensar nas coisas que eu tinha refletido ao longo do dia (essa é da série “autofodeção de juízo”, parte I). Percebi que apesar de satisfeita com a minha profissão, eu não estou exercendo (óóóó...méritos para ela, grande achado). Percebi que tô enfrentando uma grande crise, um momento de algumas perdas, onde os ganhos ainda não estão certos, e no meio disso tudo, a base familiar enfraquecida, pois eles também enfrentam uma penca de problemas. Faltam 10 dias (ou menos, nada se sabe ainda) para eu sair da empresa que me deu a maior parte de tudo o que eu sei até agora, e isso implica em sair do convívio de pessoas únicas, sair de uma rotina sem a menor rotina, que deixa qualquer um louco,mas apaixonado...significa deixar de lado uma causa que acreditei, que agarrei com unhas e dentes, pra fazer valer aquilo que eu disse quando me apresentei lá....”eu quero agregar...”(aquele papo que no fundo tooodos dizem, mas poucos falam de verdade? Então, eu falei sério). A verdade é que não são só os valores da empresa, mas as situações ruins, das quais a gente consegue rir, os almoços, os “mimos”, as insanidades....rsrs... enfim! Estava inquieta com a situação, mas quando comecei a falar sobre o trabalho para a minha substituta...me dei conta do quanto me dava gosto falar daquilo. Me dei conta do quanto eu valorizo, do quanto faz parte da minha vida, do quanto eu aprendi...e percebi que vai rolar uma suadade ferrada. Fazer o que, como diria o brilhante D2, “ a vida é um eterno perde e ganha”.
Tô me sentido o Foraseq (da série.. “hã???”). Sei que só os asmáticos de plantão vão entender como funciona, mas é mais ou menos assim: você abre um dispositivo, que é o inalador, insere uma cápsula bonitinha, fecha, fura ela e puxa com força, até sair tudo de dentro, quando você sente ela se debatendo lá dentro. E aí faz isso com a outra cápsula, mais bonitinha que a outra, por que é rosa, rsrs. Viajei nessa idéia enquanto explicava pra Maria como usar o remédio, e percebi que rolava uma semelhança (da série “autofodeção de juízo”, parte II).
É assim que eu tô me sentindo. Como a cápsula que tem um conteúdo fantástico, que é inserida num ambiente propício, mas que tem que ter seu conteúdo todo sugado, mesmo se debatendo pra evitar, e começar do zero. Estou perdendo muitas coisas, e projetos não iniciados, que já fazem parte do meu conteúdo (e isso vai além do trabalho, mas prefiro não comentar o resto...), e daí só partindo de um novo começo mesmo. Tô cansada de recomeçar algumas coisas, é bem verdade. Dizem que eu ainda estou “na idade” de levar essas cacetadas, mas na boa...é por que quem diz isso não se interou da contabilidade das minhas cacetadas...e dos por quês delas. Aí sigo com a filosofia, “ ...um dia a gente perde, no outro a gente apanha...”. Justo. Bem aplicável à realidade. De repente seja tempo de “congelar” certas áreas da vida pra não gastar energia e perder o foco...mas essa é mais uma das inúmeras perguntas para as quais eu não tenho nenhuma resposta pra dar...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Dia do Farmacêutico

Não poderia deixar de postar nada sobre o dia da profissão que eu escolhi. Mas não vou usar aquelas orações do farmacêutico que estão rolando no orkut, nada de textos “cabelo” sobre lutar ardentemente pelo reconhecimento da profissão. Todo profissional sofre com alguma sacanagem da sua respectiva profissão, e não acho justo usar a inspiração que este dia me deu pra falar sobre isso. Seriam muitos comentários “ZzZzZzZz” pro eu gosto.
A começar pela minha escolha: ninguém acredita que eu escolhi farmácia por que errei o código do curso na hora de preencher os papéis do vestibular. Quando vi qual curso era, achei que fosse um sinal ( até na hora de fazer escolhar a idiota acredita nessas coisas cósmicas...construir castelos com a profissão???é muita otarice!). Mas aí eu parei pra pensar: eu amo biologia e química, como juntar tudo isso num único curso? (quanta ingenuidade...achando que era só isso...uahuahauh)
Claro...farmácia vai muito além...é uma das profissões mais antiga da humanindade, e a verdade é que...depois que deixou de ser execida por médicos ficou muito melhor!(hehe, não podia perder essa..rsrs...como todo respeito ao Galeno) enfim, o importante é que, desde o boticário até o farmacêutico de múltiplas áreas de atuação de hoje, a profissão evoluiu muito até se tornar indispensável...( até por que só nós podemos dispensar....aff!terrível essa!)é o cara que é perito desde a produção até a distribuição dos medicamentos, envolvido na pesquisa de novas formas de curar e no uso racional destas! Por isso eu me declaro apaixonada pela profissão farmacêutica, e declaro que vou honrar o meu juramento!!!(claro,assim que eu conseguir exercer esta merda...uahuahauhauh...sacanagem)
PARABÉNS A NÓS!!!
FARMACÊUTICO: A DOSE CERTA PARA A SUA SAÚDE !!!!(by CRF-RJ...rsrs)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fracassos...

Escrevi esse texto no dia 03 de julho de 2008. Isso mesmo, 10 dias antes do meu aniversário(o inferno astral, se ele existe, estava no auge.)Imagina um dia de CÃO, em que absolutamente TUDO dá errado. Tá, agora pega o produto entre esse dia e MOL, (6,02 x 10²³, mais ou menos). Foi o dia em que eu escrevi esse texto, aos prantos, com muita raiva da vida. Infelizmente (ou felizmente!) eu não consigo lembrar exatamente o que houve, mas sei que deu merda desde o abrir dos olhos até o tentar fechar (por que é fato que rolou insônia, certamente....).
Enfim, hoje...bom, não que hoje dê tudo certo (ah, mas logo hoje...rs), mas acho que minha visão mudou. E esse texto serve pra eu rir pra cacete, de mim mesma! rsrs, se algo deu certo nesse dia, foi esse texto!hehehe...Se liga no título, já de cara:



Eu sou um fracasso!

Eu sou um fracasso. O mais verdadeiro e burro de todos eles. Se algum sábio considera impossível fracassar em todos os aspectos da vida, terei de fazê-lo descobrir que ele também é um fracassado, pois de sábio não tem nada. Eu sou capaz disso. Aliás, a única coisa que faço bem na vida é fracassar. Ah, também faço muito bem deixar claro que não tenho a menor tolerância com fracassos, para os inúteis ao meu redor que cismam em dizer coisas muito tolas quando eu digo que fracassei. Especialmente aqueles que usam frases clichês e começam a divagar sobre seus próprios fracassos, na tentativa de diminuir o meu. Esse é sim o maior fracasso deles, e eu só não tento ver isso como uma vantagem por que eu sei que iria fracassar nisso também. Talvez eu devesse começar a pensar em não dividir meus fracassos com ninguém, mas eles são tantos que mal cabem em mim. E também é uma atitude egoísta, com tantas histórias de fracassos, por que não dar às pessoas que têm êxito na missão de serem medíocres a alegria de perceberem que alguém se dá muito mais mal que elas? Afinal, ser fracassado, tudo bem, já faz parte do meu dia a dia. Mas hei de ser uma fracassado altruísta, embora saiba que não posso contar que as pessoas me dêem isso de volta. Até por que, um bom fracassado deve ser também um excluído, não pegaria bem se as pessoas me dessem um tapinha nas costas, me convidassem pra beber uma pinga e compartilhassem um “ É foda!” comigo, de forma sincera. Filantropia é over, e só os fracassados curtem. Bom mesmo é dizer coisas do tipo “ Ah, você consegue!” ou ainda “ A vida tem dos seus altos e baixos mesmo...” , com a variação “ Os obstáculos da vida nos fortalecem...”. Seja qual for a fala, o desfecho é sempre o mesmo para todos: as pessoas se afastam, pois além de serem mesquinhas em dizer coisas hipócritas sobre o fracasso do outro, ainda são ignorantes a ponto de achar que o baixo astral de um fracassado vai contaminá-las. Essa parte por vezes chega a ser divertida, pois é uma verdadeira fanfarronice.
Mas e quando o fracasso não vem da própria incompetência, mas sim é fruto das injustiças produzidas pelas pessoas que não olham nada além do próprio nariz? É pior, por que se você resolve lutar contra isso, você possivelmente já ganha título de baderneiro, socialista vagabundo membro do PSOL, embora só nessa sentença haja quatro segmentos bem distintos da sociedade. É muito mais cômodo se conformar. Além do que, quem se conforma se confronta com quem luta contra o conformismo, e assim lutam contra aquilo que no fundo todos têm o desejo de fazer, mas o medo e a covardia não deixam. É também o medo de fracassar.
E eu posso dizer, caros amigos inertes ultra-mega-conformados, verdadeiros pesos para papel: fracassar não mata. Na verdade o fracasso não dói tanto. Dói mesmo é ser apontado como fracassado, pois o fracasso pertence a mim, ninguém divide a luta contra ele comigo, ninguém divide as minhas limitações, que me levam ao fracasso, comigo. Então também não posso permitir que fiquem com a parte boa, essa de transferir o foco para o outro, essa de se sentir aliviado por que enquanto existe outro sendo depreciado, não vai haver espaço para a percepção de suas mazelas. Essa dança acaba por virar um verdadeiro zoológico em festa, onde o espírito de porco aponta o fracasso do pobre do bode expiatório, as cobras venenosas aumentam os holofotes nos seus erros, que eram pequenos, enquanto um bando de bichos-preguiça acham isso absolutamente normal e algumas hienas gargalham, sem perceberem que as raposas estao por toda a parte, esperando pelo próximo fracasso...





p.s.: Aqui entre nós...eu não devia mesmo era falar sobre isso com niguém. Todo mundo vai piorar as coisas achando que tá sendo um exemplo de sinceridade ou tentar melhorar com conversas idiotas. O pior são aqueles que acham que eu mereci o fracasso, por que não dei o máximo de mim. Engraçado, se o máximo é de mim, achei que eu mesma tivesse que definir onde ele se limita...


domingo, 18 de janeiro de 2009

Camarão na Muranga

Às vezes sinto que algumas pessoas não entendem a minha devoção pelo domingo em família. É perfeitamente compreensível, visto que cada qual tem sua história de vida e sua base familiar. E é por isso que eu gosto tanto de discursar sobre a família Gesteira-Buscapé, é assunto que não acaba mais!
Hoje foi um domingo regado à camarão na moranga na casa do primo (rs). Como sempre, todos são avisados, chegam na hora do almoço, espera-se que as mulheres se reúnam na sala pra relembrar casos, alfinetar umas às outras...ou seja, uma sacanagem só!rs...(eu, imagina...nem sacaneio todo mundo...as pessoas se sacaneiam, pois nada posso fazer se elas dão o mole de serem caricatas e merecerem minhas imitações...hehe). Enquanto isso os homens jogam buraco...se a pressa for muita, jogam sueca. Aguardo ansiosamente o dia em que eles vão se render ao truco ou ao mau-mau pra eu poder penetrar no universo deles!hehe...
Contudo...os domingos já não são os mesmos. Falta uma parte crucial da história, a base de tudo: o patriarca da família que já não está entre nós, que num dia como hoje deixa sua memória em cada detalhe, de cada hora que passamos...Ninguém me acordou às 7h da manhã pra perguntar onde ia ser o almoço...ninguém chegou na casa já puxando o baralho e induzindo todo mundo à jogatina...rs, ninguém disse que quem chegasse tarde ia “levar bolada”, e no caso de hoje seria por ele mesmo, já que adorava camarão...ninguém ficou com cara de poucos amigos por causa do calor, até se juntar às crianças tomando banho de borracha...ninguém disse que eu sou a maioral por conseguir simplesmente ganhar dele no jogo de damas...niguém me deu um conselho com a estrutura “faz isso, boba”, rs, enfim, nada mais daquele jeito de atender o telefone, que todo mundo tenta imitar mas é exclusivo, nada mais de “tá brincando??” e “é pra lião”...Minha avó contou sobre a tristeza que bate nela ao ver a casa vazia, ao acordar e não ter que dar os remédios a ele, e tudo o mais...mas disse que não abre mão de ficar naquela casa que ela desejou tanto e que ele deu a ela, com tanto amor e dedicação...Não sei se consegui disfarçar as lágrimas que insistiram em percorrer meu rosto nessa hora, eu acho que minha avó percebeu. Eu quis o colo dela nessa hora, por que desde criança é o que me cura de absolutamente qualquer coisa. O que salva é que a família tem uma base forte...que ele plantou e jamais deixará de existir! Então esse camarão na moranga que foi o que ele sugeriu que fizéssemos pro almoço, dias antes de nos deixar...se transformou em mais um dia especial pra nós...

Agora enxugo minhas lágrimas para falar de outras coisas boas. Vejo ali um futuro especial. Vejo André que é um cara que tem sucesso nos investimentos dele, o casamento, a casa...e fico felicíssima, pois ele merece isso e muito mais. Vejo Davi que conserva o mesmo palhaço de sempre, que não se irrita com nada. Pergunto por Paulinha que está fazendo prova, indo trabalhar, correndo atrás, e sinto falta do “amiiiga”, rsrs. Vejo que eles ainda são os irmãos que eu não tive, mas que na verdade, eu tive. Vejo que em pouco tempo daremos bisnetos aos nossos queridos avós (ah, parêntese só pra não abandonar a essência básica do meu blog: como assim “daremos”?não sei se posso me incluir nessa, a coisa tá feia pro meu lado...hehe). E enquanto isso não acontece, eu me apaixono por duas criaturinhas recém chegadas a este mundo, que acho que caíram na família do céu mesmo...
Cauã já chega arrancando sorrisos de todos. Pâmela chega tímida, orgulhosa com seus óculos escuros, parece já revelar a “moçoila” cheia de classe que vai ser daqui a uns anos. Ele passa direto. Até um agarrar ele, e ele começar a passar de mão em mão igual almofada. Eu tô na minha, até que ouço...”Chanaííína...”. Meu...não dá pra resistir!rsrs...Acabei de devorar uns 500 g de camarão, está um sol desgraçado, mas lá estou eu, em questão de segundos. Correndo no sol, jogando futebol com 4 bolas babadas pelo cachorro, puxando carrinhos e trocando de chinelo com ele (sério...o que eles fazem pra deixar a gente assim tão patéticos??). Aí alguém tem a brilhante idéia de colocar ele pra tomar banho de balde...muito bem, dei umas saidinhas discretas enquanto ele mandava eu comer uma torta de chocolate imaginária na mãe dele falando que tava boa. Céus, é muita imaginação!rsrs
Quando o sono vem, eu aproveito pra fazer um treinamento intensivo: dar banho, colocar pra fazer xixi, mas antes entender que ele quer isso, dar mamadeira, antes entender, mais uma vez, que ele quer isso...rsrs...ver o sono batendo, colocar ele no colo e começar a cantar “Se eu fosse peixinho, e soubesse nadar...jogava...(fulano) no fundo do mar!” Bom, ele só dormiu depois que jogou todo mundo que ele conhecia no fundo do mar...rsrs, mas na boa...não tem preço...ver a felicidade com coisas extremamente simples nos olhos doces de uma criança...colocar ele no colo e deixar-se contagiar pelo carinho que emana naturalmente de mim e ver que ele sente...ver ele adormecer e não me largar quando eu tento sair...ia fechar o dia levando eles pra ver Madagascar 2, mas não rolou...Ainda vou fazer isso!
Assim o domingo termina. Com as lembranças do dia que me remeteram à lembranças boas, que me matam de saudades e doem, mas que são a minha base mais forte. Aproveito o encejo para dizer à vocês que valorizem esses momentos simples da vida, e as pessoas que deles participam. Aliás, valorizem todas as coisas simples da vida, pois são “o refúgio de um espírito complexo”.

sábado, 17 de janeiro de 2009

A difícil arte de se apaixonar

Inicialmente gostaria de colocar alguns esclarecimentos, para que não pareça mais um texto com opinião tendenciosa de mulher frustrada e mal amada (quiçá “não amada”, se aplica mais ao caso, mas ok, vamos deixar isso claro para que as pessoas possam ler sem acham que tem muitos viéses...). Esse é um texto meramente descritivo, onde decidi juntar várias colocações e teorias, fatos, enfim, tudo o que eu observo as pessoas dizerem a respeito da difícil missão de ter um relacionamento saudável. Não é um texto de protesto, nem um desabafo desesperado. Ah, e principalmente, para que conste nos autos: não é nenhuma indireta pra alguém!

Se apaixonar é uma arte. Se alguém duvida disso, é por que nunca se apaixonou, ou mesmo por que se frustrou tanto que decidiu ignorar essa parte da vida. Esse não é artista, ou o talento está ainda obscuro. A paixão é muito mais do que aquele sentimento que as pessoas descrevem utopicamente como algo que tira o sono, a fome, o ar, a atenção e a razão das pessoas. Besteira. Visão muito limitada da situação. Para se apaixonar de fato é necessário vencer coisas que estão dentro de si mesmo, e ainda por cima “atropelar” o externo, pois é o que mais conspira contra. As barreiras que a sociedade impõe são capazes de vencer sim um sentimento forte.
Nossa...péssimo! Não me orgulhei de escrever essa frase, que além de suuuper clichê, é uma ótima desculpa pra quem gosta de cometer uns pecadinhos de estimação e colocar a culpa na convenção social, pois não é a pessoa que comete o excesso, é a sociedade que impõe limites muito estreitos, e é claro, hipócritas. Mas vá lá, para as explicações posteriores, tá valendo.
Você chega no seu primeiro dia na escola nova, 5ª série do ensino médio, usando aparelho, tranças e óculos, enfim, super graciosa. Não bastasse a sociopatia que te dá dor de barriga ao fazer contato com as pessoas novas, você vai pro recreio e vê aquele Deus grego da 8ª série jogando basquete. Isso torna os seus dias no colégio caóticos. Você não sabe qual a combinação de vogais que gera uma forma de cumprimentá-lo. Culpa de quem? Paixão! E essa é a primeira de muitas, a mais platônica de todas, mas também a mais inocente e inesquecível. Mas nada de concreto precisa acontecer, você só quer sentir aquelas coisas muito loucas que passam com você quando ele está por perto, quando você vê aquela foto dele que a sua melhor amiga pede pra tirar, na maior caraça de pau, com ele fazendo pose e tudo.
Você está no 1° período da faculdade. Acontecem mais coisas por segundo que voc já viveu nos seus 18 anos de vida. Não poderia deixar de acontecer o quê? Uma grande paixão! Ele é incrível...veterano, popular, super álcool resistente, quebra cocos com a cabeça e é fã de caverna do dragão. Além do mais, é lindo, alto e musculoso. Irresistível, né? Claro que você se apaixonou! E ele precisa ser seu namorado com urgência!
Você conseguiu seu primeiro estágio. Agora mais madura, mais bonita, mais ciente das coisas da vida (no meu caso mais gorda também, e isso lêia-se um aumento exponencial anual). Não sabe como pôde se apaixonar pelos dois últimos boçais, e ri, de si mesma, e é claro, deles. O grande lance do momento é que você descobriu que o homem da sua vida é aquele analista da informática. O seu subconsciente já programou o seu interesse por uma pessoa com a situação mais estável que a sua, mas não muito acima, perfis profissionais opostos pra rolar uma troca boa, e é claro, um porém. TEM que ter um porém, sabe por quê? Por que além de tudo de mais complexo que você se tornou ao longo desses anos, você curte uma coisa chamada desafio. Se vier de bandeja, especialmente em se tratando de amor, você não gosta e/ou desconfia. Mas não importa. Esse cara PRECISA ser o homem da sua vida. Pronto. A partir daí, a merda está feita. Por que toda história que se pareça o mínimo com um filme de sessão da tarde rende uma expectativa de que aquela seja a pessoa da sua vida.

Qual o objetivo desses exemplos? Perceber como evolui o pensamento em relação à isso. Na maturidade se apaixonar é uma arte, pois exige um talento incrível de driblar todos os questionamentos que surgem na cabeça, fruto de anos e anos de experiências boas e ruins. Se na descoberta do amor o sentimento se basta, mais adiante ele tem que ser praticado, e com intensidade. Com as inúmeras práticas vem a necessidade de se conter e ser cauteloso, não é permitido se entregar. As pessoas ficam tomadas por uma prioridades insensatas, como o orgulho, a necessidade de autoafirmação, a busca desmedida pelo prazer, o preconceito, o medo de se prender, e enfim, tudo o que esteja relacionado com a zona de conforto do indivíduo. As pessoas começam a extrapolar o óbvio, duvidar daquilo que está nítido aos olhos, sabe Deus pra quê, eu continuo votando que é pra gerar emoção. Com emoção é muito mais divertido, pra que seguir o caminho mais racional da coisa? Vejam inúmeras situações escrotas (todas estão, aliás, descritas no texto anterior “Auto-análise”) que têm significdos óbvios. As pessoas distorcem os fatos e conseguem sofrer com eles, antes e depois de sucederem, diga-se de passagem.
Mas nada disso é por mal. Convenciona-se que as mulheres o fazem por otarice (minha experiência de vida me torna suficientemente qualificada para criar um substantivo relativo à otário), e os homens, por malandragem. Será? (tá vendo como o ser humano distorce e duvida de coisas óbvias?rsrs)

E aí, meus caros...começa uma sucessão de coisas que só contribuem pra eu construir muuuitos castelos imaginários (numa linha de produção praticamente, dá pra superar Jacarepaguá com os condomínios)....Castelo surgiu de uma piada interna que eu e minhas amigas (todas na mesmíssima situação) da faculdade fizemos, sobre a capacidade que nós temos de transformar qualquer historinha de ponto de ônibus em conto de fadas, que necessariamente tem que ter, um puta castelo onde pessoas serão felizes para sempre. E aí a cada investida rola a construção de um novo castelo. Devo dizer que superei Walt Disney nos últimos 2 anos.
Ocorre que quando chegamos nesse estágio, acontece de tudo. Quer ver como começam as construções de castelos a partir dos exemplos que citei lá em cima?
Aí a criatura já está madura. Uma mulher linda, independente, bem sucedida, divertida, super descolada. Agora que já tem um diplomazinho nas mãos, e um emprego satisfatório, rola começar a busca pelo homem da sua vida. Você domina completamente os seus sentimentos, está pronta pra isso. Até que...
Sabe o rapazinho que jogava basquete na 8ª série? Então...ele reapareceu, virou atleta profissional e está mais gato que nunca. Ele poderia ter todas as mulheres do mundo, mas quer você, de quem ele foi o primeiro amor. Meu DEEEUS, mas é um prato cheio pra virar conto de fadas. Até você descobrir que o cara ia jogar no exterior, onde tem uma noiva e 2 filhos com uma ex mulher, além da amante. O castelo foi construído pela empresa do Sérgio Naya, fato.
Ok, você se recompôs depois de muita sessões de chocolate+sorvetes+Celine Dion. Pronta pra outra. Só espera não ser outra assim. Tolinha...
Você vai fazer auditoria em uma grande multinacional de produtos químicos, e quem é o responsável técnico da parada? Sim, o boçal quebrador de cocos com síndrome de Eric, da época da faculdade. Cacete!! Ele surpreendentemente amadureceu, bebe com moderação, é super responsável , abandonou os cocos, e o Eric...bem, esse continua presente, mas só em miniaturas. E claro, está ainda mais gato!! E te convidou pra almoçar! Você conseguiu perceber um brilho no olhar dele enquanto te via! Na verdade, você viu a cena toda se passar em slow motion, logo antes de se ver subindo no altar e dando entrevista pro Globo Repórter fazer um programa sobre casais extremanente bem sucedidos que conseguem conciliar o sucesso estupendo dos dois! Pronto, querida, mais um castelo. Mas esse quem construiu foi a Kibon, não chegava a ser de areia, mas os palitinhos não resistiram aos ventos de sumiço do cara. “Surtado”, é a mínimo que você pensa. Na semana passada eu era a mulher da vida dele. Agora ele sumiu, absolutamente. Não tem explicação, minha filha. Possivelmente ela virá quando você atingir o próximo estágio.

Enfim, o fato é que EUZINHA aqui estou naquele último estágio apresentado. Paixãozinha é o cacete, namoradinho de 3 meses nem fudendo, eu quero mesmo é encontrar O CARA. Não, eu não cheguei à essa brilhante conclusão sozinha, a minha terapeuta dise isso pra mim, com essas palavras, depois de eu ter termindo de contar os acontecimentos amorosos daquela ultima semana (movimentadíssima, e produtividade 0%). E ela me convenceu. E eu não acho que O CARA seja inatingível...Não deve ser muito difícil ser inteligente, divertido, gentil, gostar de crianças, ser fiel e bem resolvido! Ahn...ok, é inatingível! hahahaha...Vamos flexibilizar em alguns aspectos pra aumentar as chances...
Mas mais que flexibilizar, vamos fortalecer a base dos castelos. Fica muito difícil o castelo vingar se você mesmo não acredta nele. Vamos construí-los mais lentamente, sem pressa de que fiquem prontos, nem com a pretensão de que fiquem perfeitos. Castelo bom é aquele que está sempre em construção e aperfeiçoamento. Não precisa achar que a pessoa perfeita tem como obrigação corresponder às suas expectativas, mas abra os olhos e o coração pra perceber que existe uma pessoa que talvez não seja assim tão perfeita, mas que quer o mesmo que você! O castelo pode – e deve!- ser construído pelos moradores, e pra isso, é preciso que ambos o desejem fortemente.
A teoria é super bonita. Eu sigo achando que não sou uma artista. Não tenho talento pra me apaixonar, de fato. Talvez me sobre talento pra enxergar o que não existe, ou pra fazer escolhas mal feitas (tipo, muuuitas). E não é que me falte talento pra enxergar o que de fato é o meu castelo...talvez eu esteja ganhando a formação necessária para quando chegar a hora de construir o meu, nós dois estejamos preparados.
E que isso ocorra antes dos 30, pelamordedeus!!! Não vou suportar usar cremes anti-sinais sem ter ninguém pra me zuar por isso...

Apresentação...né?!

Sábado à noite. Na verdade, já é domingo, o que torna a coisa ainda mais patética. Está um calor insuportável e os mosquitos pensam que eu faço parte da merda do buffet. Elton John canta pra umas 30 mil pessoas, e eu não sou uma delas. Mas ok, tenho andado escrevendo tanto que cheguei à conclusão de que era um desperdício rir sozinha das minhas próprias cretinices...seria no mínimo...egoísta da minha parte. E é por isso que a partir de hoje, LOGO HOJE, decidi externar todas as coisas mais bizarras que me vêm à cabeça (acreditem, não são poucas!Não mesmo!) e principalmente as insanidades que me acontecem (dizem por aí que só acontecem comigo, então deve valer a pena postar...). Então, é isso! Enjoy!